É o tema da palestra que vamos ministrar hoje no ciclo de seminários Entre Fronteiras Artísticas que acontece na Oficina Cultural Oswald Andrade como parte das ações da peça Dramas de Princesa, que investiga a situação da mulher diante dos mitos dominadores criados pela sociedade do espetáculo.
A partir de 1º de setembro, a ciadasatrizes encena Dramas de Princesas, texto de Elfriede Jelinek, escritora austríaca vencedora do Prêmio Nobel, que investiga a situação da mulher diante dos mitos dominadores criados pela sociedade do espetáculo. As apresentações ocorrem na Oficina Cultural Oswald de Andrade, às quintas, sextas e sábados às 20h, até 1º de outubro com entrada gratuita.
Na primeira história, Branca de Neve se depara com o caçador, que representará um papel bastante diferente daquele do conto de fadas; na seguinte, Bela Adormecida acorda de seu profundo sono e precisa lidar com seu destino: o suposto príncipe que a beijou para quebrar o feitiço agora tem direito sobre ela.
Rosumanda é a protagonista da terceira cena, que narra a tentativa da personagem-título de retomar o trono de Chipre, seu por direito, mas usurpado pelo governador Fulvio, que tenta seduzi-la; em seguida, Jackie Kennedy compartilha com a plateia as agruras de não conseguir se livrar da lembrança de todos mortos da família. Por fim, no último ato, as poetas Sylvia Plath e Ingeborg Bachmann enfrentam uma parede invisível, mas impossível de ultrapassar.
Como parte de um ciclo de conversas que debate as fronteiras artísticas, o pensamento crítico e os processos de criação, vamos participar hoje às 16h da palestra Atos de criação, auto-ressignificação: performando o imaginário-mulher.
Uma peça que apresenta toda a potência do teatro como lugar possível para se performar o conhecimento e ressignificar os valores sobre investidos nos corpos e na imagem da mulher.